Tudo que o investidor inteligente deseja ao entrar no mundo dos investimentos é um mercado de baixa de 20 anos, para que ele possa comprar ativos a preços baixos em relação ao valor das empresas. -Adaptado de "O investidor inteligente - Benjamim Graham"

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Repensando a estratégia de investimentos

Em todos os livros, blogs e textos de investimentos que li, o foco é sempre a formação da carteira, a compra dos ativos. A manutenção da carteira, a venda dos ativos e outras atividades, quando não são automáticas, fica meio em segundo plano.
Me deparei então com a necessidade de avaliar minhas escolhas, após quase 5 meses na bolsa, e também após saírem os resultados do 1o semestre. Afinal, 1 semestre é suficiente pra decidir que uma ação não é mais boa, ou que nunca foi? Existe um sobrepreço que justifique vender? Se os resultados não estão bons, vale a pena realizar prejuízo? Com a bolsa andando de lado, vale a pena manter 100% em renda variável?
Não tenho resposta definitiva para essas perguntas, mas até agora penso que:

1 - 1 semestre não decide muita coisa, a não ser que a mudança seja muito brusca , motivada por fatores que tendem a ser recorrentes, como aumento de custos de produção, queda no preço de venda do produto, entrada de concorrente forte, etc. Quanto as que nunca foram boas, não tenho dúvida, se vc faz uma aposta numa empresa que parece estar melhorando, e vc percebe que vai dar água, melhor é realizar um prejuízo pequeno.

2 - Preciso estabelecer uma métrica para isso. O P/L pode ser um bom ponto de partida, mas somente se o crescimento dos lucros se mantiver +- constante. Se o crescimento disparar, o P/L tende a aumentar e eu posso perder uma grande mina de ouro nessa. Quando tiver uma metrica eu posto aqui. Sugestões são bem-vindas.

3 - Essa é a armadilha numero 1 do investidor. Desculpas pra não vender sempre incluem "vou fazer preço médio", "vou manter para o longo prazo", "já já sobe", e por ai vai. Minhas empresas estão com lucro razoável, apesar de algumas terem desapontado a expectativa do mercado, mas acho que por enquanto vou manter todas, mas não descarto vender algo após os próximos resultados trimestrais.

4 - Esse é um ponto chave pra mim. Comecei bastante empolgado e firme na renda variável. Mas isso num contexto de queda absurda dos juros e pensando somente no longuíssimo prazo. Além disso, não estou satisfeito com o processo de compras mensais, por que tenho verificado que é mais barato comprar em lotes maiores, e talvez até pensar numa estratégia para ter um timing melhor(VALE por exemplo, só pensei que talvez 39 fosse um preço bom, nem me toquei q o mercado ainda ia bater nela + tempo). Juntando tudo isso com a subida da SELIC, pretendo a partir de agora colocar dinheiro na poupança e esperar a próxima oportunidade, seja na renda variável, seja na fixa. Na fixa talvez eu comece a comprar títulos com um certo prazo pensando numa possível entrada para um apartamento. Na variável, talvez uma tacada maior após um bom resultado, me de melhores ganhos.

Então, a partir do fechamento desse mes, veremos uma tabela separada com o saldo da poupança, e a qualquer momento posso rapar ela e investir novamente. Posso inclusive, passar meses sem comprar nenhuma ação, e colocar tudo na poupança.

Então a partir de agora meu foco, estudo e raciocínio estarão mais voltados para a gestão da carteira!

Um abraço do Urso!

Um comentário:

  1. Fala, URSO!
    Estou com um novo projeto em meu blog: a "Carteira do Pobre"!
    Assim que tiver um tempo, da uma passadinha por lá!
    Abração!

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