Tudo que o investidor inteligente deseja ao entrar no mundo dos investimentos é um mercado de baixa de 20 anos, para que ele possa comprar ativos a preços baixos em relação ao valor das empresas. -Adaptado de "O investidor inteligente - Benjamim Graham"

domingo, 1 de dezembro de 2013

Fechamento Novembro

Antes de iniciar o post de fechamento, quero me desculpar pelo sumiço. Desanimei um pouco, acho que a saída do Mobral contribuiu, mas vou manter o blog. Inclusive já respondi os comentários do último post, para quem quiser ver, e adicionei alguns blogs na minha blogroll. Vida que segue.

Este mês a bolsa voltou a mostrar sua faceta dominante em 2013: QUEDA! E eu como bom Urso saí de minha hibernação, somente para ver que as taxas do TD também estavam interessantes. Porém, como meu aporte tem diminuído, e por isso deixei o TD de lado esse mês.

E se as taxas subem, os títulos que tenho caem. Ainda estou no positivo, mas a rentabilidade até o momento é pífia. Mas, renda fixa é renda fixa, nos vemos no dia do resgate...


Já no campo das ações, a vida é menos monótona, e aproveitei uma queda momentânea de PSSA3 para levar mais 100 pra casa. Também adicionei mais algumas VIVT3, que absorveu resultado ruim no trimestre mais algumas incertezas de controle. Esse mês também foi o mês do retorno do VERMELHO à tabela:


A distribuição está bem mais homogênea, e não me sinto exposto em demasia a nenhum papel:



É verdade que VALE e PETR eu somo as participações, e não gostaria que sua participação conjunta fosse mais de 20%, mas ainda assim, nenhum problema.
No resultado final, é ruim colocar 4K e ver seu patrimônio subir menos de 2K, mas os mais de 16% de vantagem sobre o IBOV já me satisfazem. Sigo aportando e aumentando o patrimônio, que é o objetivo:


A nova meta, de bater a inicial somente com ações, segue firme, e será alcançada, salvo um apocalipse Urso na bolsa:



Lembro que não estou fazendo qualquer tipo de recomendação de compra ou venda, e que não sou credenciado para faze-la. Antes de investir, forme sua própria estratégia.

Um abraço do Urso!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Outubro

Em outubro, os capítulos finais e dramáticos da novela X não impediram o IBOV de continuar a sua recuperação. Pelo que vi na blogosfera, aqueles que tinha boas empresas conseguiram performar bem melhor que o índice. Meu lado Urso continua reclamando dos preços das ações, mas o resto de mim continua pensando: é hora de se aprimorar, pois está cada vez mais difícil encontrar pechinchas.
Continuo na estratégia de colocar parte do $$$ no TD de médio prazo, para decidir o que fazer lá na frente, porém o aporte continua caindo. Vamos ver em que patamar eu consigo estabilizar!

No Tesouro Direto, nada mudou. a subida da SELIC já estava embutida nos juros futuros, que continuam no mesmo patamar, e eu sigo comprando. Acredito que essas taxas somente voltem a subir com a SELIC acima de 10%, ou com o início da diminuição dos estímulos monetários nos EUA, que obviamente vão impactar a SELIC em seguida. Abaixo o resultado do TD:



No TD, o resultado é lento e varia pouco, a exceção dos momentos de mudança brusca da política monetária. Nem acompanho as variações, somente quando vou redigir este post de fechamento.

Nas ações, nada de novo, comprei 60 VIVT3 abaixo do meu preço médio, como pode ser verificado na tabela. A grande novidade é que neste mês, pela primeira vez, todas as minhas ações estão no positivo! Nada de vermelho este mês!


E esta tabela não inclui os dividendos, que ultrapassaram a média de 100 reais por mês, o que não dá pra nada rsrs. O interessante é que, com o aporte, e a valorização de outros ativos, ETER3 dimunuiu um pouco seu peso na carteira:

O patrimônio continua subindo a passos largos, mesmo com a diminuição dos aportes, e já consigo me imaginar com 100 mil no ano que vem!


Ainda assim, quando me empolgo um pouco pensando quanto vale 70 mil, penso que, para 1 ano de acumulação é muito, mas para IF é muito pouco. Assim volto a realidade bem rápido.

Como eu havia falado mês passado, como a meta tinha sido ultrapassada, e o $$$ das ações tem mais probabilidade de servir a IF, decidi tornar a meta original como uma meta somente de $$$ em ações. E já estou com um mês de vantagem, conforme o gráfico:


Lembro que não estou fazendo qualquer tipo de recomendação de compra ou venda, e que não sou credenciado para faze-la. Antes de investir, forme sua própria estratégia.

Um abraço do urso!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Setembro

Setembro foi o mês de esquecer junho. Pronto, o ano começou, e começou tarde. Mas para um Urso como eu, fica a tristeza de estar cada vez mais caro comprar as minhas ações. Duas estão fora do meu preço alvo de compra, e muitas estão se aproximando. Se continuar assim, vou ter que garimpar outras oportunidades, ou terminar de aperfeiçoar minhas contas, hoje exdrúxulas, de precificação dos papéis, para poder diminuir minha margem de segurança. Bom, de qq forma, o psicológico de estar no azul sempre ajuda um investidor principiante, mas nesse caso torço para que os fundamentos subam juntos, para baratear o custo das ações via crescimento no valor!

No tesouro direto as taxas de curto/médio prazo deram uma travada entre 11 e 11,5%. Ainda me é um valor favorável, dentro da minha estratégia de ter $$$ curinga entre 2016 e 2020, para aproveitar em investimentos, como o proprio TD, FII, ou até comprar um imóvel, para aluguel ou residência.
 Os resultados continuam me confirmando que, no TD, a única estratégia é escolher bem o prazo, e setar um rendimento mínimo aceitável. Aquela ntn de 2024 certamente vai me fuder, pois meu prazo max é 2020. Se os juros continuarem a subir(e isso deve acontecer), essa merreca vai render menos que poupança até eu sacar. Sem problemas, erro cometido, lição aprendida, e principalmente, com pouco $$$ arriscado.

Nas ações, fiz mais uma decisão difícil. Vendi BEMA3. Cheguei a conclusão que a empresa não tem o potencial de crescimento que eu desejo pro preço que paguei, e como a maioria de seus clientes é do varejo, e não vejo a economia forte, resolvi realizar o prejuízo e partir para outra. Também fiz belos aportes no TD e RV, totalizando R$7.900,00, com tendência de queda. Minha esposa vem ajudando, mas outubro não tem mais serviço extra, por enquanto, então o esforço de poupança vai ser difícil.
Resultado das ações:


Interessante observar, que mesmo com várias ações no negativo, e ainda considerando algumas vendas cujo resultado final foi prejú, estou no positivo nas ações, pois aportei nelas menos de 47mil. Dividendos fizeram a diferença. Uma coisa que resolvi após atingir 1000 ações da Eternit, é avaliar minha distribuição da carteira, para diluição de risco. Então fiz um gráfico:



É fácil perceber que carreguei a mão em ETER3, mas a oportunidade veio, e nessas horas eu avalio se vale a pena arriscar um pouco mais. Mas outro fato que é até mais interessante, é que 39% do meu $$$ em ações está aplicado em empresas estatais, ou seja, o máximo do risco governo. Mesmo considerando a diversificação intra, já que SP é PSDB, o reajuste não saiu, o que tá segurando o papel. Vai saber no que vai dar... Ainda, outros 21% estão em setores fortemente regulados, e com grande participação estatal. 60% é muita coisa, e eu ainda desconsiderei PSSA3, que sofre concorrência de BBSE3, mas que ainda nao sofreu nenhuma pressão do governo. O que fazer? Ainda não sei, mas já embuti nas minhas expectativas o governo, então sigo na estratégia.

O resultado final é um belo patrimônio, para quem apenas começou, mas nada para quem almeja a IF:


Minha meta agora é fechar 2013 alcançando a meta original somente com ações, como pode ser visto no gráfico:


Ou seja, meta de R$55 mil em ações até dezembro. Mês que vem começo a projetar as ações, ao invés dos aportes, que estão sumindo no gráfico rsrsrs.

Um abraço do Urso!

sábado, 31 de agosto de 2013

Fechamento de Agosto

Estou achando o mercado cada vez mais chato. Não estou acompanhando muito as cotações, e perdi o tesão e a adrenalina em ver as cotações subirem e descerem. Considero isso muito bom. Vício em homebroker nunca pode ser bom, e fica mais fácil não operar notícia assim. Mas confesso que meu dedo coçou quando vi ETER3 despencando. Um processo de R$ 1 bi  numa companhia de R$ 900 milhões é puxado. Aí parei, pensei, olhei os fundamentos, fui lá e comprei mais!
Rali de algumas X, com a troca do controle, continuação da recuperação do índice, alta nos juros e FED preocupando, nada disso me atraiu muito. Estou mais preocupado com o caixa da petro com preços dfasados, dividendos e altos investimentos, com a margem de lucro da VALE, pesando dolar e preço do minério de ferro, em que ponto entrar no BB, etc. Considero isso uma pequena evolução derivada de minha curta experiência na bolsa, mas ainda estou aguardando o primeiro Circuit Breaker!
Como muita coisa merda subiu esse mês, e eu ainda gastei um $$$ trocando posições, pela primeira vez perdi para o índice. Paciência, uma hora ia acontecer. Aliás, estou pensando se não vale a pena mudar meu benchmark para IBrX, tenho que estudar mais esse índice.
Também aportei forte, mas esse período de vacas gordas está terminando. Tenho me questionado se vale a pena trabalhar tanto para isso, e estou cansado. Por outro lado, venho tentando convencer minha esposa a investir, pelo menos em TD, e ela está acompanhando meus resultados nessa modalidade, e ao mesmo tempo organizando suas finanças. Se tudo der certo, teremos mais uma carteira do casal aqui na comunidade de finanças da blogosfera! Esse mês, ela colocou R$ 2.000,00 na minha mão, mas disse que não sabe se consegue manter o aporte. Mostrei para ela como o TD rendia mais que a poupança, mas que o ideal era manter por mais de 2 anos, pelo IR, e ela topou. Isso turbinou ainda mais os aportes, mas espero que ela entenda que TD também tem rentabilidade negativa. Por enquanto ela não reclamou!

Voltando ao que interessa, no TD sigo com pequena desvalorização, devido a subida das taxas, nada preocupante, dado que estou focando no curto prazo:


Na renda variável, o mês foi sangrento, mas contou com farta distribuição de dividendos, principalmente de BBAS3, o que me deixou um $$$ na conta da corretora, que somente vou utilizar em setembro:


É tanta ação barata que nem sei o que comprar. Esse mês comprei EZTC e ETER, e baixei meu PM nas duas. Mês que vem estou pensando se completo o milhar em ETER ou caio dentro de SBSP, que tá uma pechincha!


A rentabilidade pífia de -2,35% da carteira, frente a subida do IBOV é o de menos perto de um aporte tão bom. Acontece que, com esses extras de trabalho que fiz, mais a possível transformação da carteira numa carteira de casal, deixou meu planejamento financeiro obsoleto. Mês que vem bato a meta anual, e vou ter que reve-la. O gráfico ficou assim:


Por hoje é só, pessoal!

Um abraço do Urso!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A revisão da estratégia

Como todos sabem, comecei a investir em ações em janeiro de 2013. Por mais que eu tenha lido bastante antes de começar, me considero um sardinha. Entrei no mercado, sem saber que a primeira crise ia dar as caras logo logo. Seis meses depois, a bolsa bateu 44 mil pontos!
Não desanimei, minha diversificação e minha estratégia de só investir em empresas operacionais me protegeram de uma queda maior, porém surgiu um dilema: O que comprar? Tudo parecia barato, já que tudo tinha sido comprado mais caro do que valia. Mas qual empresa estava mais descontada em relação aos fundamentos?
Tinha 12 empresas em carteira, e duas questões surgiram:
1 - A partir do portfólio inicial, qual empresa devo comprar?
Não consegui responder. Estou estudando mais ainda, e devo montar um critério objetivo, algo como um limite de preço para comprar a ação, e quem estiver mais longe desse valor eu compro. Não vou inventar a roda, estou estudando as fórmulas de Graham, e outras simples para Valuation, e vou adaptar ao meu caso. O único requisito é que essa fórmula também me de um limite a partir do qual eu comece a vender as ações gradualmente.

2 - Por que eu tenho 12 empresas na carteira?
Com valor médio em cada ação em torno de R$3.000,00, eu não estava me sentindo realmente responsável pela merda que eu tava fazendo! Minha proteção contra a ignorância, a diversificação, se tornou também uma amarra que estava me impedindo de adquirir mais conhecimento. Estava confortável, pois tinha pouco dinheiro em cada empresa. Resolvi acabar com isso!
Da última vez que divulguei minha carteira, eu tinha BBAS3, BEMA3, CMIG4, CSMG3, ETER3, EZTC3, PETR4, PSSA3, TRPL4, VALE5, VIVT4 e WHRL4.

A escolha de quais limar foi difícil, mas valeu como aprendizado. Me livrei das elétricas. Gosto da CMIG, mas sua estrutura altamente complicada e diversificada é difícil de analisar, não vale o tempo que eu gastaria para olha-la mais a fundo. TRPL deu uma banda nos acionistas, não divulgou dividendos até agora, e tem sido ruim no RI. Mau sinal, pulei fora antes dos resultados do 2T3.

Também, um pouco a contragosto, vendi WHRL4. Gosto da empresa. Mas o cíclico está contra ela agora, e cheguei a conclusão de que meu preço médio estava alto.

No auge da crise, troquei CSMG3 por SBSP3. Já tinha gostado mais da companhia paulista, mas achava cara no começo do ano. Com a crise elas ficaram com preços equivalentes, mas a SBSP tem margens maiores. É claro que tem a questão do congelamento dos preços, mas isso não vai durar pra sempre!
E por fim, troquei VIVT4 por VIVT3. Não tem jeito, para uma empresa controlada por um grupo espanhol, acho que o TAG ALONG vai ser bem-vindo. Acho a Telefônica grande demais para ser vendida hoje, mas a Anheuser Busch também era, e a INBEV comprou!

Vendi a maioria das ações com pequeno lucro, ou pequeno prejuízo, totalizando um pequeno prejuízo. Já nas trocas, tinha um certo prejuízo, o que vai ser ruim para meu imposto de renda se elas subirem e eu resolver vender. Mas é parte do jogo, estou aprendendo!

Com isso, agora tenho BBAS3, BEMA3, ETER3, EZTC3, PETR4, PSSA3, SBSP3 VALE5, VIVT3.

Ainda preciso fazer uma escolha de gente grande, detonar VALE ou PETR, mas acho que não vou vender, vou simplesmente parar de comprar uma delas. Outro problema é BEMA3. É meu único turnaround. E eu comprei num preço alto. Mas o resultado veio, e também não sei o que fazer. Estou resistente a vende-la, parte pelos resultados, e parte pela assunção de prejuízo maior. Vou estudar melhor a empresa, por enquanto não vou mexer. Pode ser que se recupere, pode virar mico. Sei lá, essa foi a ação que comprei menos seguro, pois queria uma da área de TI, e essa pareceu barata a PL de 9. Paciência, ainda bem que tem pouco $$$ la.


Outra novidade foi a entrada dos Títulos de renda fixa na carteira. Minha previsão inicial era de investimento somente em ações. Porém, a instabilidade de bolsa, e a oportunidade que pode ser gerada por uma crise, principalmente depois que o FED iniciar a trajetória de subida dos juros, pode abrir uma janela de oportunidade em imóveis, títulos de longo prazo, FIIs, e até na IBOV. Para não deixar o dinheiro parado na poupança, comecei a comprar títulos de curto prazo. Meu único erro foi ter começado pelas NTN, que o prazo mais curto já é longo demais...
Agora já corrigi, e somente tenho comprado LTNs. Se a SELIC bater 10%, vou adicionar LFTs também, pela liquidez. Essa é uma aposta, se a crise não vier, posso utilizar o dinheiro dos títulos para comprar ações, para adquirir um imóvel próprio, ou até para meu divertimento, não sei...

Só sei que esse bearmarket não tá fácil nem para um URSO!

Abs,

        Urso.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Fechamento de Julho

Post rápido este mês, pois estou sem tempo.
Julho trouxe pequena recuperação na Bovespa, mas também trouxe um grande fluxo de aporte pra mim!
Com isso, ultrapassei a barreira dos R$40 mil, e fiquei mais próximo da minha meta do ano (ver primeiros posts).
O resultado está abaixo:


Ainda estou com rentabilidade negativa, mas ainda bem acima do índice. Também fiz algumas alterações na minha carteira, que mostrarei em um post futuro. Não gosto de ficar mexendo muito na carteira, mas como quase um iniciante, preciso ter coragem de admitir meus erros e conserta-los, para não fazer burrada com um patrimônio bem maior!

Um abraço do Urso!

PS: Fiz o rascunho da atualizacao dia 25, e depois nao tive tempo de olhar. Como estou sem tempo e nao quero olhar cotacao por cotacao do dia 31, vai ficar assim mesmo... Pelo menos ta rendendo frutos a falta de tempo!

Edit: Coloquei a tabela no resultado. Mal dava pra ler do outro jeito!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fechamento de Junho

Esse foi um mês para não esquecer. Os mercados foram punidos duramente por causa do risco governos. Tanto o risco do governo daqui, que não deixou nem produziu investimentos que pudessem aumentar a competitividade brasileira, e impulsionar a oferta, diminuindo a pressão inflacionária da demanda, quanto do governo americano, que por sua vez está fazendo o dever de casa, calculando e inferindo quando poderá reduzir os estímulos a economia. O problema é que os mercados estão enxergando o copo meio vazio, e precificando pra baixo os efeitos dessa redução de liquidez, ao invés de tentar calcular o quanto a economia vai estar melhor quando acontecer.
Também foi um mês onde os governantes foram punidos com uma fortíssima queda de popularidade, causada por protestos em todo país, que por sua vez foram causados pela mesma inação dos governos em investir, e também na péssima qualidade do gasto público, além da corrupção. O resultado foi um banho de sangue, na bolsa, no tesouro (aos agentes tem pressionado os cupons pra cima, e quem tem titulos está amargando rentabilidade negativa), nos FIIs, que perdem rentabilidade com a tx de juros alta, nas ruas, na favela da maré, etc...
Estão inclusive marcando uma greve geral pra hoje. O problema é que, convenientemente o Brasil foi campeão ontem... Então a probabilidade de tudo voltar ao normal hoje é imensa. E eu não compactuo com o normal em vários setores que precisam de uma chacoalhada. Mas faz parte do jogo.

Voltando aos meus investimentos, o mês sangrento é o meu primeiro mês de pânico desde que comecei a investir, e é muito impressionante ver parte do seu dinheiro virando pó, isso eu tenho que confessar. Mas, entre cálculos refeitos e estratégias reestudadas, consegui me tranquilizar e estou pronto para mais.
Fiz algumas pequenas mudanças de rumo. A mais importante delas é que passei a ver as taxas do tesouro direto como atrativas (e claro, é um bom momento para pensar um pouco em segurança, já que o mercado está derretendo). Então a partir de agora, vou dividir os meus aportes em compras no TD e ações, mas somente se as taxas se mantiverem atrativas (LTN > 10%, NTN > 5%). Também fiz a minha primeira venda de ações, vendi TRPL4 com um lucro mínimo, e usei os R$1000,00 que ficaram parados mes passado para comprar mais VALE5 e PETR4 (e se cair mais, vou comprar ainda mais). Vendi TRPL porque como ação defensiva, um dos maiores atrativos é o dividendo, e como a companhia não os divulgou ainda, interpreto isso como uma queda na transparência, e estou fora. Ademais, do setor eletrico ja possuo CMIG, que me parece ter fundamentos melhores.

O aporte desse mês foi de R$3000,00, sendo que comprei LTNs, hoje devo comprar NTNs com o resto.
A seção de TD está assim:

TIPO QUANTIDADE TAXA VALOR INICIAL VALOR FINAL RENTABILIDADE
LTN 010117 2 10,96% R$ 1.387,48 R$ 1.389,82 0,17%

Esse mês vou divulgar minhas ações. Estou de olho em CSMG3, não vi deterioração nos fundamentos que justifique tamanha queda. O risco governo já estava ai, e a margem caiu ligeiramente...


Ainda possuo pouco mais de R$1600,00 em conta que vão virar títulos daqui a pouco. Também estou estudando uma proposta que recebi, que pode turbinar meus aportes nos próximos meses. Então estou contando com a manutenção desse mercado urso para aumentar todas as minhas posições!
Abaixo vai o meu resultado consolidado:


É disparado meu pior mês, cai quase colado ao IBOVESPA, mas ainda bati esse benchmark por mais de 2 p.p., já que o índice despencou 11,31%. No acumulado gráfico, alguns aportes fora da curva anteriores me mantém acima de minha meta mensal, porém perdi quase toda a gordura que tinha:


Bom agora que já tive minha primeira turbulência na bolsa, que venha o primeiro circuit-breaker, não estou nem aí! Sigo caminhando e comprando e seguindo a estratégia!

Um abraço do Urso!
errata: publiquei a taxa da LTN errada, ja corrigido!

domingo, 9 de junho de 2013

Apartamento - Quando Comprar?

Imagine que você foi a um feirão da caixa, e lá chegando ficou impressionado. Pode pagar em 35 anos, a entrada é somente 10% do valor total, e os juros estão muito próximos daqueles que o tesouro direto paga para o longo prazo. Você é novo, não tem muito capital, mas só 10% de entrada você possui. Então compra seu apartamento, passa 35 anos pagando, apertado por uma prestação que consome 30% da sua renda familiar, e jamais obtém sua independência financeira. Mas você bate no peito e diz: -“pelo menos não joguei dinheiro fora pagando aluguel”. Vou analisar agora essa decisão difícil, porque lida com o emocional, o apelo de possuir seu canto, seu lar.
Primeiro, vou precisar assumir algumas premissas. Pra extrapolar e mostrar a dificuldade que é comprar um imóvel hoje, principalmente no Rio, Brasília e São Paulo, vou considerar que a família tenha uma renda familiar de R$20.000,00. Parece muito, e de fato poucos a tem, mas simulando no site da caixa, e considerando que você só dispõe de capital hoje para dar 10% de entrada, seu limite de valor financiado fica em R$657.000,00, conforme a tabela abaixo:



Este limite ocorre porque a caixa limita o valor máximo da primeira parcela não pode ultrapassar 30% da renda bruta familiar, ou algo perto disso (não tenho conhecimento do limite exato).
Com esse valor, nosso amigo poderia morar num apartamento de 2 quartos simples na zona sul do Rio de Janeiro, com uma grande probabilidade de ser em Copacabana ou Botafogo, ter entre 50 e 90 m² , e não ter garagem, vide o link abaixo:
Com sorte e paciência para pesquisar, deve dar para encontrar um com suíte e garagem, num local agradável, mas não nas ruas mais valorizadas de cada bairro.
O sistema mais utilizado de pagamento para financiamentos é o de amortização constante(SAC), no qual todo mês você quita uma parcela igual do saldo devedor, e os juros são calculados com base nesse saldo. Isso significa que para saber o quanto você amortiza por mês, basta dividir o valor total da dívida pelo prazo em meses. Como a entrada é de R$65.700,00 (10%), a amortização mensal será igual a R$593.700,00 dividido por 420 (35 anos), ou R$1407,85. Outra maneira mais rápida, mas um pouco imprecisa é pegar o valor da última parcela, R$1417,56. Todo o resto é juros.
Perceba que a primeira parcela é de mais de R$5.600,00, e após 10 anos você ainda estará pagando cerca de R$4500,00 por mês, e mais que isso, você pagou em média R$5000,00 por mês durante dez anos, justo quando você deveria estar acumulando capital para adquirir sua IF. Ainda, nesses longos 120 meses você amortizou R$168.942,00 da sua divida. E pagou R$438.521,00 de juros em valores nominais, ou aproximadamente R$3650,00 por mês de média.
Agora vamos supor que nosso amigo resolva adiar o sonho do apartamento próprio em 10 anos. Ele se defronta com as seguintes possibilidades: Alugar um apto com as mesmas características do seu, ou fazer um downgrade, talvez morar na Tijuca. Se mantiver o padrão, deve pagar cerca de R$2.700,00 por mês. Se for para Tijuca, o mesmo tipo de apto sai por volta de R$2.000,00. Supondo que nosso colega mantenha o compromisso de não gastar a diferença entre a parcela do financiamento e o aluguel, ele terá até R$3.000,00 por mês para investir e formar capital, mais os R$65.700,00 que ele juntou para a entrada. Vou desconsiderar qualquer efeito de inflação, e também de subida no valor dos imóveis, já que considero muito difícil que os imóveis subam mais que a inflação nos próximos 10 anos (já fizeram isso nos últimos 5, e o movimento deve perder força agora). Do mesmo modo, não vou considerar o efeito da inflação, assim como de acordos coletivos ou subidas de salário que sejam advindas da inflação. Porém, no final do período vou considerar a progressão de carreira do casal, que talvez tenha uma renda de R$30.000,00 (R$500,00 de aumento per capita por ano).
Aqui vou fazer uso de uma planilha que baixei do site http://hcinvestimentos.com/, a de acumulação de capital. Como o prazo não é muito longo, o valor poupado será direcionado para renda fixa (TD), e vou considerar o juro médio anual na casa dos 9,5% (mais de 10 no início, com títulos mais longos, menos de 9 no final). E não dá para esquecer do imposto de renda, 15%. Eis o resultado:



Veja só, em 10 anos nosso amigo juntou, já descontado o valor do aluguel, o suficiente para pagar o apartamento a vista. A partir daí, ele pode comprar o apto a vista, comprar algo melhor, ou financiar metade e investir a outra metade, sendo que nesse caso a prestação inicial seria de R$3.000,00, permitindo que ele mantenha os R$2.000 como aporte (ou até mais, visto que a renda familiar aumentou).

O curioso é perceber que se utilizar todo o capital como entrada num financiamento, poderá comprar um apartamento de R$1.200.000,00 pagando uma prestação inicial menor que no primeiro caso:



Conclusão: Se o valor a ser pago de juros no financiamento de um imóvel qualquer for maior que o valor do aluguel de um apartamento onde você esteja disposto a morar, vale a pena, financeiramente, se manter no aluguel e economizar a diferença. Você pode reduzir e até 25 anos o prazo de pagamento de um apartamento. Claro que, em determinado momento, a maioria das pessoas precisa de um lugar para chamar de seu, mas esse momento pode, e deve ser adiado, se você também deseja desfrutar da grande  independência que é a financeira!

Um abraço do Urso!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Fechamento de Maio

Mais um mês passeando na Montanha Russa da Ibovespa. Sobe, Sobe, Sobe devagar, e depois desce rasgando suas entranhas, rápido, praticamente em queda livre. Pibão não veio, e o mercado bateu forte. E pensar que no pico do mês eu tive quase 5% de rentabilidade no mês. Mas consegui manter-me no positivo, e meu gap para o índice continua crescendo, então ainda estou confiante na minha estratégia. Aliás essa queda é boa, pena que estou descapitalizado. Uns 20 mil na minha mão e eu ia as compras. Quase qualquer merda que você compre vai subir um pouco(eu disse QUASE), mas no momento estou descapitalizado. Compras, só com aporte, e esse mês foi a última compra que fiz. Mês que vem eu divulgo a carteira, porque antes de comprar mais ações, estou pensando em me desfazer de algum papel, por que estou com muitos para acompanhar, e pouco dinheiro em cada. Além do mais, estou pensando em guardar o aporte para decidir mais na frente se vale a pena comprar alguns títulos depois que o BC terminar de subir a taxa de juros. Enfim, compras agora, só no final do ano, provavelmente quando a taxa de juros parar de subir, que é quando eu vou ter uma posição sobre o que fazer.
No trabalho, estou focado somente no meu trabalho principal, apesar de que alguns amigos estão tirando uma grana alta fora, eu estou de olho nas promoções internas, pq acredito que possa ganhar mais dinheiro sem aumentar tanto a carga de trabalho. Por isso, meu aporte agora está se aproximando do que eu acredito se viável a longo prazo, este mês aportei R$ 3650,00, sendo que R$1000,00 ainda não tiveram destino e estão na poupança.
Segundo o sistema de cotas:

Fiz algumas projeções futuras, e percebi que o gráfico de barras não vai ter futuro, por que com muitos dados ele fica confuso, e ruim de ser visualizado. No final do ano vou trocar por um de linhas, que é menos poluído. Mas por enquanto este está bom. Estou chegando nos 40 mil, mas o checkpoint que eu estou de olho mesmo é o de 50 mil, bastante simbólico no início, so perde pro de 100 mil.


Estou com meus estudos mais focados no tesouro direto neste momento, mas de vez em quando dou uma passada rápida em alguns balanços. Mas com rentabilidade abaixo da nova poupança no momento, talvez o TD sirva para manter a rentabilidade mais estável!

Um abraço do Urso.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Repensando a estratégia de investimentos

Em todos os livros, blogs e textos de investimentos que li, o foco é sempre a formação da carteira, a compra dos ativos. A manutenção da carteira, a venda dos ativos e outras atividades, quando não são automáticas, fica meio em segundo plano.
Me deparei então com a necessidade de avaliar minhas escolhas, após quase 5 meses na bolsa, e também após saírem os resultados do 1o semestre. Afinal, 1 semestre é suficiente pra decidir que uma ação não é mais boa, ou que nunca foi? Existe um sobrepreço que justifique vender? Se os resultados não estão bons, vale a pena realizar prejuízo? Com a bolsa andando de lado, vale a pena manter 100% em renda variável?
Não tenho resposta definitiva para essas perguntas, mas até agora penso que:

1 - 1 semestre não decide muita coisa, a não ser que a mudança seja muito brusca , motivada por fatores que tendem a ser recorrentes, como aumento de custos de produção, queda no preço de venda do produto, entrada de concorrente forte, etc. Quanto as que nunca foram boas, não tenho dúvida, se vc faz uma aposta numa empresa que parece estar melhorando, e vc percebe que vai dar água, melhor é realizar um prejuízo pequeno.

2 - Preciso estabelecer uma métrica para isso. O P/L pode ser um bom ponto de partida, mas somente se o crescimento dos lucros se mantiver +- constante. Se o crescimento disparar, o P/L tende a aumentar e eu posso perder uma grande mina de ouro nessa. Quando tiver uma metrica eu posto aqui. Sugestões são bem-vindas.

3 - Essa é a armadilha numero 1 do investidor. Desculpas pra não vender sempre incluem "vou fazer preço médio", "vou manter para o longo prazo", "já já sobe", e por ai vai. Minhas empresas estão com lucro razoável, apesar de algumas terem desapontado a expectativa do mercado, mas acho que por enquanto vou manter todas, mas não descarto vender algo após os próximos resultados trimestrais.

4 - Esse é um ponto chave pra mim. Comecei bastante empolgado e firme na renda variável. Mas isso num contexto de queda absurda dos juros e pensando somente no longuíssimo prazo. Além disso, não estou satisfeito com o processo de compras mensais, por que tenho verificado que é mais barato comprar em lotes maiores, e talvez até pensar numa estratégia para ter um timing melhor(VALE por exemplo, só pensei que talvez 39 fosse um preço bom, nem me toquei q o mercado ainda ia bater nela + tempo). Juntando tudo isso com a subida da SELIC, pretendo a partir de agora colocar dinheiro na poupança e esperar a próxima oportunidade, seja na renda variável, seja na fixa. Na fixa talvez eu comece a comprar títulos com um certo prazo pensando numa possível entrada para um apartamento. Na variável, talvez uma tacada maior após um bom resultado, me de melhores ganhos.

Então, a partir do fechamento desse mes, veremos uma tabela separada com o saldo da poupança, e a qualquer momento posso rapar ela e investir novamente. Posso inclusive, passar meses sem comprar nenhuma ação, e colocar tudo na poupança.

Então a partir de agora meu foco, estudo e raciocínio estarão mais voltados para a gestão da carteira!

Um abraço do Urso!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Fechamento de Abril

De volta da hibernação forçada. A bolsa continua no seu movimento meio de lado, meio que descendo a ladeira. Pelo menos me mantive acima o Zero. Ando trabalhando muito, estou chegando a conclusão que não vale o aporte extra, acho que vou parar de fazer extras, ou pelo menos diminuir.
Sem delongas, segue o fechamento do mês, pelo sistema de cotas:



Comprei algumas ações da Bematech, e fiquei com a sensação que cheguei no final da festa. Também comprei mais algumas Whirlpool e a cotação explodiu no final do mês, compensando a primeira ação.
Na VALE fiz PM, e a estratégia segue no longo prazo.

Recebi dividendos da VALE e da Copasa, nada muito expressivo.


Finalmente estou colocando o gráfico de evolução aqui. Ultrapassei os 30 mil! Rumo aos 40!
A força do aporte é impressionante, mas já estou ficando sem forças pra mante-lo...



Esse mês não vou colocar a carteira, aquela tabela dá um certo trabalho e me expõe, então vou coloca-la periodicamente, só para fins de estudo e credibilidade, mas não decidi ainda se bimestral, trimestral, ou sei lá.

Voltando as metas qualitativas, o IBOV ta me segurando igual um zumbi! Agora to perdendo pra todos os Benchmarks, menos o próprio IBOV. Também enchi um pouco de estudar investimentos e foquei minhas leituras em outros assuntos. Estava saturado!

Sem mais, um abraço do Urso.



domingo, 31 de março de 2013

Fechamento de Março

Neste mês percebi o quanto nós, seres humanos, somos desinteressantes e temos dificuldades de falar sobre assuntos relevantes. Não faltou tempo para escrever no blog. Faltou inspiração para escrever sobre assuntos que não fossem ou não contemplassem o aspecto pessoal. Temo que ao longo do tempo vou acabar afrouxando a minha política de informações pessoais zero, para não limitar minhas postagens ao fechamento mensal, como ocorreu neste mês de março.

Voltando aos investimentos, o Ibovespa vem sangrando com força esse ano. Porém, minha carteira está bastante descolada do índice, com boa rentabilidade, o que é meio ruim, porque algumas ações que sobem podem sair do meu preço alvo de compra, o que vai me trazer o trabalho adicional de escolher novos papéis, além de decidir se há um preço onde devo começar a vender, o que não fiz ainda.
O mês foi positivo também no aporte, segurei nas despesas, não tive os custos que a época de festas traz, e ainda ganhei um bom extra, traduzidos em R$ 7.400,00 de aporte, recorde mensal desde que comecei a juntar dinheiro. Como novidade também, vou disponibilizar a composição da minha carteira, decidi que não há mal nisso (por enquanto).

Na planilha do ADP, o reseultado ficou assim:


No gráfico de evolução, é interessante notar que este mês ultrapassei munha meta mensal, e caminho forte rumo aos 30 mil:


Esta é a composição atual da minha carteira, com os preços médios de compra e quantidade:



De poucos amigos com os quais conversei sobre minhas intenções de compra, uma crítica que ouvi foi que minha diversificação era excessiva frente ao capital investido. Porém, considero minha diversificação um reflexo do meu atual estágio de conhecimento. Como não me sinto seguro para colocar meu capital em 5, 6 empresas, acho coerente distribuir em mais de 10. Fico imaginando se tivesse escolhido 3 ou 4 pra começar, e tivesse colocado VALE entre elas. Ou pior, podia ter feito algo semelhante ao pobretão, com consequências que podem ser irreversíveis. Enfim, estou satisfeito com minha estratégia atual, e posso até adicionar outras empresas, mas claro que a partir de agora a prioridade será aumentar a posição nos papéis que não subirem muito de preço.

A corrente de dividendos também começou a fluir, e recebi os seguintes valores:

08/03/2013
BBAS3
26,05
26/03/2013
ETER3
40,80
28/03/2013
BBAS3
45,04

Total: R$ 111,89

Por fim, as velhas metas qualitativas:


1) Bater a inflação todo ano. (não dá para perder dinheiro) 
Consegui boa rentabilidade novamente Tenho tido dificuldade em calcular este índice mas tenho certeza que está menor que meu rendimento acumulado de 2,98%. Assim que tiver um ano de dados, vou passar a utilizar o índice dos últimos 12 meses, que é mais fácil de obter, e passo a comparar com a minha rentabilidade dos últimos 12 meses também..
2) Bater a poupança todo ano. (Senão de que serve tanto tempo lendo livros e blogs?)
Estou quase na taxa anual da nova poupança, que não deveria nem ser chamada de investimento mais...
3) Bater o ibovespa todo ano. (BOVA11 ou outros estão aí pra quem quer seguir índices)
O índice está sofrendo bastante, -7,55% no ano. Sem mais comentários, acho que esse parâmetro não vai me incomodar por um bom tempo.
4) Ler pelo menos 6 relatórios anuais por ano. (Única meta que talvez eu revise para cima)
Li o relatório da Eternit este mês. Gostei do que vi, a empresa tem boa administração, e um excelente plano de diversificação, mas se a proibição do amianto ocorresse hoje, a cotação na bolsa iria sangrar bastante. Vou pagar pra ver.
5) Aprender, aprender, aprender.
Travei no livro "security analysis" do Benjamin Graham, que também não é tão bom e objetivo quanto "Investidor Inteligente", e ainda estou na metade. Em compensação, li um balanço completo, e também li o livro do Décio Bazin. Bem simplista, foca na estratégia de dividendos, e conta boas estórias da bolsa, verdade ou não, já que ele é adepto da teoria da conspiração em relação a manipulação dos índices. Mas é bom ler um pouco sobre o caso brasileiro, já que falta literatura de qualidade no universo tupiniquim.

Sem mais,

Um abraço do Urso!

sexta-feira, 1 de março de 2013

Fechamento de Fevereiro/2013

Bom dia a todos.

Vou começar esse post falando dos acontecimentos recentes da blogosfera, e meu posicionamento. Depois que vários blogueiros de finanças que divulgavam seu patrimônio fecharam seus blogs, com medo de ter a identidade revelada, e tudo que pode decorrer disso, eu decidi manter o meu. Não somente pelo meu patrimônio ser irrelevante ainda, mais também por que o blog me ajuda a manter o foco nos investimentos, já que me obriga a fazer planilhas, calcular rendimentos, etc. Porém, vou evitar personalizar demais as coisas que escrevo. Não vou mais escrever sobre assuntos muito pessoais. E também não vou divulgar minha carteira completa. Claro que alguém que leia todo o blog vai acabar tendo uma boa ideia, pq não vou deixar de comentar uma ou outra ação individualmente. Dito isto, vamos aos números

Bom,, é o segundo fechamento do ano, meu segundo mês depois de entrar na bolsa. IBOV vem sofrendo um pouco, apesar da recuperação do final do mês, mas eu consegui uma boa rentabilidade. O ponto negativo fica por conta dos aportes, esse mês só coloquei R$700,00 em dinheiro novo.
Conforme a planilha do AdP:




Este mês optei também por adicionar um gráfico semelhante ao que a Jovem Investidora utiliza, para  acompanhar a meta anual de patrimônio. Ficou assim:


Este gráfico evidencia a importância do aporte no início da formação do patrimônio. Mês passado tive rentabilidade negativa, mas aportei forte e bati a meta. Este mês a rentabilidade foi muito boa, mas o aporte fraco, então fiquei bem abaixo da meta.

Recebi cerca de sessenta reais em dividendos da Vivo.

Voltando as metas qualitativas:

1) Bater a inflação todo ano. (não dá para perder dinheiro) 
Este mês recuperou totalmente a queda de janeiro na minha carteira. A inflação oficial ainda não saiu, mas notícias ao longo do mês dão conta de que está em queda em comparação com janeiro. Mês passado o índice foi 0,86%. Caso o índice se repetisse, teriamos 1,73% de inflação acumulada. Como tenho um rendimento no ano de 1,65% e a inflação está em queda, é quase certo que eu bata o índice este mês.
2) Bater a poupança todo ano. (Senão de que serve tanto tempo lendo livros e blogs?)
Esse foi batido com folga. O acumulado da poupança nova está em 0,82%
3) Bater o ibovespa todo ano. (BOVA11 ou outros estão aí pra quem quer seguir índices)
Bati a bovespa novamente, e isso está começando a indicar um acerto nos meus investimento, pois estou me descolando do índice. Enquanto a o IBOV caiu cerca de 5,8% desde o início do ano, meus investimentos estão em alta. So PETR4 que está me ferrando, mas tenho um preço médio bom, de 19, vou guardar e pagar pra ver.
4) Ler pelo menos 6 relatórios anuais por ano. (Única meta que talvez eu revise para cima)
Li o relatório da petro, 2013 ainda vai ser um ano ruim, dificil nas palavras da presidente.
5) Aprender, aprender, aprender.
Continuo com uma estratégia mais voltada para ler livros, mas sei que terei de me voltar para os balanços em algum momento. Por isso fiz um compilado de boas empesas dos índices IBOV, SMALL CAP  e MID-LARGE CAP, e pesquisei as datas em que os resultados do 4T12 saem. Estou com cerca de 40 empresas para estudar, e talvez ainda enxugue um pouco mais. Comprei o "security analysis" do Benjamin Graham, e o bicho é gigante, haja disposição!

Um abraço do Urso!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A falência do modelo atual de Previdência

Esse é o primeiro post técnico do blog. mas isso não significa que eu sei alguma coisa. Tudo que eu escrevo aqui são opiniões pessoais, não me levem a sério. Se minha opinião valesse alguma coisa, eu tava vendendo, e não colocando aqui, hehehe.

O objetivo desse post é mostrar como investimento em previdência pode ser considerado arriscado, e com isso mostrar porque todos tem que montar sua própria carteira, e buscar a independência financeira independente de onde trabalha, exceto que já é rico (EIKE inveja).
Dividi o post por categorias de previdência, desde o funcionário público estatutário, até o profissional liberal que busca um PGBL ou VGBL.

Funcionário Público estatutário



Ah, a carreira pública.... O santo graal dos advogados. A renda e a aposentadoria garantidos para sempre.
Além de tudo, excelentes salários, que podem chegar a R$ 28.000,00. Porém, a moleza está acabando. Graças à lei 12.618/2012 e o decreto nº 7808/2012, os novos entrantes do serviço público farão juz a aposentadoria normal do INSS, e seu magnífíco teto, atualmente em R$ 4.157,05. Adicionalmente o poder público criou um fundo, o FUNPRESP, que servirá como previdência complementar, nos moldes das outras fundações tanto de empresas públicas quanto privadas, a exemplo do BB, BNDES, Petrobras, Vale, etc, instituido na modalidade contribuição definida, onde o valor do benefício depende do valor aplicado e da taxa de rentabilidade auferida.
Para quem não sabe, a aposentadoria integral e a estabilidade foram criados em uma época onde o setor público pagava mal, e precisava incluir benefícios para atrair servidores. Porém, nos tempos atuais isso deixou de ser verdade, e faz até sentido eliminar a aposentadoria integral, que gera custos absurdos para o governo, que gera déficits, que gera impostos, que são grandes âncoras para o crescimento do país.
Justo, mas justo na nossa vez?
É meu amigo, em termos de previdência, ser estatutário vai ser igual a ter uma previdência complementar.
Aliás, o Estado do RJ, já operacionalizou o fundo e já tem gente contribuindo. Na escala federal o processo se dava de maneira mais ampla.
Quem já é servidor, pode optar por qual modalidade quer ficar, mas tenho certeza que ninguém vai abrir mão do regime antigo, a não ser obrigado. Conhecendo os governos, imagino que daqui uns dez anos alguem mude a regra e diga que quem não adquirir condições de se aposentar até 2025 é obrigado a migrar, pq isso já aconteceu antes, quando instituiram o fator previdenciário!

Funcionário Público Celetista ou funcionário de empresa que possui previdência complementar (e estatutários que entrarem no FUNPRESP)


A regra é simples. Todo mês você pega uma parcela considerável do seu salário (gira entre 10 e 20% do salário bruto), entrega a um fundo gestor, que te promete uma de duas coisas.
1 - No plano de benefício definido - BD (em extinção), seu dinheiro entra no mesmo bolo coletivo de todos os participantes do fundo, e você contribui cada vez mais, de acordo com seu salário, mas com a promessa de receber para sempre a média dos seus últimos X salários (varia de 1 a 5 anos anteriores)
2 - No plano de contribuição definida - CD (cada vez mais comum, por ser  mais seguro e fácil de gerir), você tem opções de valor de contribuição, mas sem a promessa de receber seu último salário. A vantagem é que o seu saldo é individual, e isso mitiga o risco de insolvência do plano.
O que tenho visto nesses planos é que não estão adaptados para trabalhar no "Brasil do juro baixo". Esses fundos tem uma meta atuarial, uma taxa de desconto, que é a rentabilidade que eles prometem obter acima da média. Quase todos os fundos prometem mais do que podem cumprir, principalmente levando em consideração que grande parte do patrimônio é aplicado em renda fixa (não sei se tem legislação para essa alocação).
Quando eles furarem feio essa meta (alguns prometem render 6% acima da inflação), vão acontecer duas coisas.
1 - No BD a soma de todas as contribuições a receber (ATIVO), vai ficar menor que a soma de todos os benefícios a se pagar (PASSIVO ATUARIAL). Então os aposentados vão consumir todos os recursos, e o zé mané que acabou de entrar pra empresa vai passar anos contribuindo sem receber nada depois. Isso já aconteceu, vide AERUS, o plano de previdência da VARIG.
2 - No CD, o seu bolo individual vai ficar bem menor do que o esperado, e você vai receber um salário extra mixuruca...
Tem duas características que podem fazer esse tipo de investimento valer a pena. Baseando-se no fato que a empresa (vulgo PATROCINADOR) é geralmente responsável solidária pelo fundo, ter um plano de previdência complementar se você trabalha numa grande empresa, pública ou privada, vale a pena porque:
1 - A empresa pode aportar dinheiro para resgatar o fundo, mas em condições bem específicas(a PREVIC vem apertando o cerco), e vai respingar merda em cima de todo mundo, mas todo mundo vai receber, caso o plano tenha dificuldades
2  - A empresa costuma depositar uma quantia de dinheiro proporcional a sua, as vezes em montante igual ao seu. Começar com logo com 100% de rentabilidade não está nada mal.
Na presença dessas 2 características, é uma opção viável ter um plano de previdência. E quando eu digo viável, eu digo possível, bom, mas não é zero risco!

Previdência privada (PGBL e VGBL)


Esse é o campo que tenho menos conhecimento, então me corrijam se eu estiver errado. Não existe promessa de salário, não existe promessa de rentabilidade. Aqui você está confiando que um gestor qualquer vai conseguir uma rentabilidade melhor que a sua, melhor que o índice, e ao invés de ganhar o mercado e virar o próximo Warren Buffet, ele vai ficar naquele fundo de previdência, ganhando geralmente um salário de merda... Na boa, não levo fé mesmo. Isso sem nem falar das taxas, que geralmente comem boa parte da rentabilidade, Não faz sentido nenhum. Abatimento do imposto de renda? Nunca fiz as contas,   mas não acredito que valha mesmo a pena. Só vejo um tipo de pessoa se beneficiando desse tipo de investimento: aquelas que gastam mais do que ganham, que só conseguem juntar alguma coisa se tiverem boleto pra pagar, se for desconto em folha, como a Ostra bem colocou no seu último post. Pra todos os outros, não recomendo.

Bom mas e ai? Qual a saída?
Bom, não tenho a resposta. O que eu tenho feito é estudado muito, tento manter a disciplina financeira, sem largar mão de viver. Nada é garantido, e o melhor investimento que existe é em conhecimento. Por enquanto isso é tudo, e novamente, se tivesse uma resposta fácil, eu vendia, não postava de graça num blog, heheheh.

Fontes:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7808.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12618.htm

Um abraço do Urso!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Fechamento de Janeiro/2013

Primeiro fechamento depois de minha entrada na renda variável. Como não poderia deixar de ser, tive rentabilidade negativa, mas, quem disse que ia ser fácil, tranquilo, como navegar em águas calmas?
Passei metade de janeiro escolhendo uma corretora, já que várias estão aumentando o preço, vide post do AdP, e joguei logo todo meu dinheiro mais aportes na conta: R$19.000,00)
Saldo final: R$18.678,10
Aporte: R$3446,00. Era pra ser 3500, mas o transtorno obssessivo compulsivo falou mais alto, e fiquei com o valor arredondado no início do mês. O que não adianta nada, pq esse valor varia todo dia, e esqueci essa doença de valores redondos!
Aportei um pouco mais esse mês, mas me arrependi,, pq agora estou apertado para fevereiro, e acabei descobrindo o inimigo Nº1 de meus aportes, mas vou falar disso em outro post.
Ia colocar a planilha de cotas do Adp, mas não to conseguindo carregar imagens.

Por último, alguns comentários sobre minhas metas qualitativas:

1) Bater a inflação todo ano. (não dá para perder dinheiro) 
Estou no prejuízo mesmo considerando valores nominais, mas bolsa é investimento de longo prazo, então vou esperar bem antes de mexer no portifólio. Aliás, esperar não, vou monitorar as empresas, para ver se os fundamentos ( a estória que elas contam, como P. Lynch gosta de dizer), ainda fazem sentido;
2) Bater a poupança todo ano. (Senão de que serve tanto tempo lendo livros e blogs?)
Nunca vi a poupança ter rendimento nominal negativo, assim como difícilmente se vê inflação negativa aqui no Brasil. Então o item se não bati o item 1, o 2 vai junto...
3) Bater o ibovespa todo ano. (BOVA11 ou outros estão aí pra quem quer seguir índices)
Bati a bovespa, pelas duas metodologias que adotei. a primeira é a variação desde a abertura de 1º de janeiro, que foi de -1,95%. E a segunda é calcular a partir do dia que comprei as ações, dia 14/01. AI o GAP foi ainda maior, pois a bolsa caiu 3,74%. Apesar de minha carteira ter alta correlação com a bolsa, passei o mês inteiro melhor que o índice, o que é um primeiro indício de que fiz escolhas minimamente razoáveis. Tive rendimento de -1,7% no mês.
4) Ler pelo menos 6 relatórios anuais por ano. (Única meta que talvez eu revise para cima)
Comcei a olhar alguns relatórios das empresas que comprei papéis. mas percebi que os relatórios de 2012 estão muito próximos de serem divulgados, e resolvi esperar.
5) Aprender, aprender, aprender.
Para compensar o item 1, devorei mais de 10 blogs de investimentos somente este mês, e tenho lido 1 livro por semana pelo menos. Peter Lynch quase me gritou para comprar Whirpool. Afinal, quem não tem consciência de que a Brastemp tem vantagens competitivas, mesmo num setor tão de massa como o de eletrodomésticos?

Talvez mês que vem eu passe a colocar metas mensais de saldo, e faça um gráfico legal, ou talvez prefira evitar a fadiga...

Um abraço do Urso!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Metas de 2013

Bom, com esse post eu encerro a etapa introdutória (sem trocadilho) do blog, e passo a me dedicar aos posts de atualização mensal e assuntos do cotidiano (devo começar escrevendo sobre previdência).

Minha capacidade de aporte atual gira em torno de R$2.500,00 por mês. Além de 1/3 de férias e 13o, as vezes ganho um extra me prostituindo  dando aulas, que não dá para contabilizar mensalmente.
Meu Se eu contabilizar um aporte médio de R$3.000,00 por mês + 13o, chego a dezembro tendo colocado R$39.000,00 em dinheiro novo, totalizando R$54.500,00 em aportes (descartando os rendimentos da poupança do ano passado). Como ainda sou novato na bolsa de valores, achei melhor não colocar uma meta de rentabilidade ainda. Afinal de contas, no início o aporte faz mais diferença, como vários colegas blogueiros já apontaram com muita inteligência.

Então o jogo é bem simples, a meta é chegar a R$55.000,00 de patrimônio até o fim do ano, seja aportando mais, seja auferindo uma rentabilidade considerável. Só a título de curiosidade, considerando o aporte de R$2500,00 ao mês, e utilizando a planilha de cotas do AdP, eu precisaria obter uma rentabilidade de 18% no ano para atingir a meta anual. Então com certeza vou ter que me dedicar a aportar alto, ou aprender muito rápido os caminhos da renda variável. Lógico que a solução ótima deve ser um equilíbrio entre as duas alternativas.



É isso, Um abraço do Urso!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O plano!

Bom, depois de um 2012 de uma guinada financeira, ocorrida muito mais pela conquista do emprego que uma mudança de hábito(sempre fui frugal, acho que porque sempre ganhei pouco), comecei a perceber que conseguia fazer aportes razoáveis. Percebi também que previdência no Brasil é piada, e vou falar sobre isso em outro post.
Surgiu então, a necessidade de montar um plano financeiro por conta própria. que me desse uma renda passiva suficientemente grande para viver de maneira confortável depois de me aposentar. Depois de muitas contas, descobri que para o cidadão médio, é muito difícil se aposentar cedo com uma excelente renda, então dividi meu plano de aposentadoria em 3 partes:
1) 22 anos trabalhando e aportando forte, começando por uma média de R$3000,00 mensais (incluindo qualquer extra que surgir, como férias e 13º).
2)  1 ou 2 anos sabáticos, descansando, viajando o mundo e vivendo de renda, aproximadamente R$11.000,00 em valores de hoje, e;
3) Mais aproximadamente 10 anos juntando o que eu conseguir juntar e vendo o bolo crescer, enquanto trabalho o tempo que falta para me aposentar, e ai, dependendo da minha competência, e utilizando a taxa segura de retirada - TSR(4% ao ano), posso chegar a ter uma renda de R$30.000,00 ao mês, e não precisar contar com a maldita da previdência.
Considerei uma rentabilidade média anual de 15%(um pouco ambiciosa, admito), inflação de 5% ao ano, e aumento real de aporte em 1% ao ano.

Os gráficos das partes 1 e 3 estão abaixo:

Parte 1

Parte 3



Bom, sempre pensei em me aposentar cedo, mas também em me aposentar com conforto. Essa é uma opção intermediária, que me daria fôlego para os últimos dez anos. Essas são as metas quantitativas. As metas qualitativas são:
1) Bater a inflação todo ano. (não dá para perder dinheiro)
2) Bater a poupança todo ano. (Senão de que serve tanto tempo lendo livros e blogs?)
3) Bater o ibovespa todo ano. (BOVA11 ou outros estão aí pra quem quer seguir índices)
4) Ler pelo menos 6 relatórios anuais por ano. (Única meta que talvez eu revise para cima)
5) Aprender, aprender, aprender.

Bom, o post já está meio grande, então no próximo eu coloco a meta de 2013, para não ficar muito cansativo.

Um abraço do Urso!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Evolução Financeira de 2012 e vida profissional

Como eu disse no primeiro post, larguei tudo para estudar para concurso faz um tempo. Eu tinha uma rotina muito parecida com a do pobretão, só que ganhava menos. Trabalhava muito, não gostava do que fazia, e era cobrado por coisas que não faziam o menor sentido, enfim, uma merda de trabalho. Passei bastante tempo sofrendo e avaliando alternativas, e cheguei a conclusão de que a origem do meu problema era a faculdade que eu tinha feito. Nunca tinha gostado. Me inscrevi em sites de emprego e me candidatei para vagas do meu interesse, mas não tinha currículo...
Ai comecei a ver editais de concursos. Vário não especificavam área de formação, e tinham alguns interessantes. Como a minha auto-estima não conseguiram me tirar, larguei tudo e me inscrevi num cursinho preparatório. Vejam bem, minha visão de serviço público é diferente do clichê. Eu acho que várias empresas tinham que ser privatizadas mesmo, e não acho que emprego público é um fim, e sim um meio, no meu caso de trabalhar com o que gosto. Trabalho menos, sim, mas trabalho uma quantidade razoável, não sou um desses chupa-sangue que se encosta no cargo. odeio essas pessoas. O Brasil não vai pra frente por causa desse tipo de pensamento imbecil.
Enfim, passei em alguns concursos, mas demoraram a chamar. O resultado é a tabela abaixo, sendo que fui convocado em meados do ano passado. Cheguei a procurar emprego novamente, mas o tempo parado e meu nome em 30 paginas de resultados de concursos impediram qualquer recolocação decente...


Bom, apesar da planilha estar tosca, é isso. A poupança está em sem os rendimentos até outubro, e não contabilizei a conta corrente no final de dezembro pois ainda não tinha transferido a parcela 13º que coloquei la, +R$ 3000,00. sendo meu fechamento de 2012 R$15554,45, uma diferença de mais de R$20.000 pro começo do ano.
No próximo post vou colocar as metas para 2013, e comentar minha entrada na renda variável.

Um abraço do urso!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A origem

Esse é o início do meu blog, onde vou falar sobre meus investimentos, compartilhar experiências, e falar um pouco também das minhas opiniões pessoais. Acho que o motivos de ter começado o blog são os mesmos de 90% dos blogueiros de finanças.Extravasar as frustrações e comemorar as vitórias sem ter que dar satisfações financeiras às pessoas próximas. Venho acompanhando diversos blogs do gênero desde o ano passado, e lendo muito a respeito do tema, acho que escrever o blog vai me ajudar a manter o foco e continuar aportando decentemente.
 Eu faço parte da imensa quantidade de brasileiros que ultimamente tem largado tudo para estudar para concurso (ok, me despreze por isso, mas pense que eu sou alguém que simplesmente escolheu muito mal a faculdade, e viu no concurso uma forma mais digna de dar uma guinada na carreira), só que deu certo, e consegui ser aprovado e convocado antes de ir a bancarrota, apesar de ter acumulado alguma dívida, que vou mostrar quando postar minha evolução financeira de 2012.

Meu salário razoável, minha estabilidade, e a frugalidade que aprendi a cultivar enquanto estava desempregado, e pretendo manter, devem me ajudar a manter bons aportes, que acredito ser o mais importante nesse início de caminhada para a IF, pretendo em breve divulgar minhas metas para 2013, a considerando um aporte mensal de uns R$ 2500,00. Dado que acabei de casar e me sustento, é um valor bem razoável.

Sou muito cético com relação a aposentadoria. Tenho menos de 30 anos, e duvido que chegue a  me aposentar pelo sistema atual. Até lá a idade mínima deve ser uns 90 anos... Mais pra frente vou fazer um post sobre previdência pra mostrar como da todo mundo FU... Preciso sair dessa e preciso de mais do que o que eles pagam atualmente. Quem sabe até me aposentar antes dos 60, com disposição para curtir a vida, antes da conta de saúde ultrapassar a conta de lazer!


Bom, por enquanto é isso. Volto com o a evolução financeira de 2012, e as metas para 2013!


Um abraço do urso!