Tudo que o investidor inteligente deseja ao entrar no mundo dos investimentos é um mercado de baixa de 20 anos, para que ele possa comprar ativos a preços baixos em relação ao valor das empresas. -Adaptado de "O investidor inteligente - Benjamim Graham"

domingo, 31 de março de 2013

Fechamento de Março

Neste mês percebi o quanto nós, seres humanos, somos desinteressantes e temos dificuldades de falar sobre assuntos relevantes. Não faltou tempo para escrever no blog. Faltou inspiração para escrever sobre assuntos que não fossem ou não contemplassem o aspecto pessoal. Temo que ao longo do tempo vou acabar afrouxando a minha política de informações pessoais zero, para não limitar minhas postagens ao fechamento mensal, como ocorreu neste mês de março.

Voltando aos investimentos, o Ibovespa vem sangrando com força esse ano. Porém, minha carteira está bastante descolada do índice, com boa rentabilidade, o que é meio ruim, porque algumas ações que sobem podem sair do meu preço alvo de compra, o que vai me trazer o trabalho adicional de escolher novos papéis, além de decidir se há um preço onde devo começar a vender, o que não fiz ainda.
O mês foi positivo também no aporte, segurei nas despesas, não tive os custos que a época de festas traz, e ainda ganhei um bom extra, traduzidos em R$ 7.400,00 de aporte, recorde mensal desde que comecei a juntar dinheiro. Como novidade também, vou disponibilizar a composição da minha carteira, decidi que não há mal nisso (por enquanto).

Na planilha do ADP, o reseultado ficou assim:


No gráfico de evolução, é interessante notar que este mês ultrapassei munha meta mensal, e caminho forte rumo aos 30 mil:


Esta é a composição atual da minha carteira, com os preços médios de compra e quantidade:



De poucos amigos com os quais conversei sobre minhas intenções de compra, uma crítica que ouvi foi que minha diversificação era excessiva frente ao capital investido. Porém, considero minha diversificação um reflexo do meu atual estágio de conhecimento. Como não me sinto seguro para colocar meu capital em 5, 6 empresas, acho coerente distribuir em mais de 10. Fico imaginando se tivesse escolhido 3 ou 4 pra começar, e tivesse colocado VALE entre elas. Ou pior, podia ter feito algo semelhante ao pobretão, com consequências que podem ser irreversíveis. Enfim, estou satisfeito com minha estratégia atual, e posso até adicionar outras empresas, mas claro que a partir de agora a prioridade será aumentar a posição nos papéis que não subirem muito de preço.

A corrente de dividendos também começou a fluir, e recebi os seguintes valores:

08/03/2013
BBAS3
26,05
26/03/2013
ETER3
40,80
28/03/2013
BBAS3
45,04

Total: R$ 111,89

Por fim, as velhas metas qualitativas:


1) Bater a inflação todo ano. (não dá para perder dinheiro) 
Consegui boa rentabilidade novamente Tenho tido dificuldade em calcular este índice mas tenho certeza que está menor que meu rendimento acumulado de 2,98%. Assim que tiver um ano de dados, vou passar a utilizar o índice dos últimos 12 meses, que é mais fácil de obter, e passo a comparar com a minha rentabilidade dos últimos 12 meses também..
2) Bater a poupança todo ano. (Senão de que serve tanto tempo lendo livros e blogs?)
Estou quase na taxa anual da nova poupança, que não deveria nem ser chamada de investimento mais...
3) Bater o ibovespa todo ano. (BOVA11 ou outros estão aí pra quem quer seguir índices)
O índice está sofrendo bastante, -7,55% no ano. Sem mais comentários, acho que esse parâmetro não vai me incomodar por um bom tempo.
4) Ler pelo menos 6 relatórios anuais por ano. (Única meta que talvez eu revise para cima)
Li o relatório da Eternit este mês. Gostei do que vi, a empresa tem boa administração, e um excelente plano de diversificação, mas se a proibição do amianto ocorresse hoje, a cotação na bolsa iria sangrar bastante. Vou pagar pra ver.
5) Aprender, aprender, aprender.
Travei no livro "security analysis" do Benjamin Graham, que também não é tão bom e objetivo quanto "Investidor Inteligente", e ainda estou na metade. Em compensação, li um balanço completo, e também li o livro do Décio Bazin. Bem simplista, foca na estratégia de dividendos, e conta boas estórias da bolsa, verdade ou não, já que ele é adepto da teoria da conspiração em relação a manipulação dos índices. Mas é bom ler um pouco sobre o caso brasileiro, já que falta literatura de qualidade no universo tupiniquim.

Sem mais,

Um abraço do Urso!

Um comentário:

  1. Olá Urso!

    Com certeza é bem difícil ocultar 100% das informações pessoais, principalmente as opiniões. Infelizmente isso é necessário pra nos proteger, mas acaba nos deixando sem assunto, é assim mesmo!

    Abraço!

    Corey

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